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Onde foi que perdemos nossa Espontaneidade…


 

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Por que não podemos (ou não conseguimos) exteriorizar nossos sentimentos mais nobres e genuínos de maneira espontânea? Por que não nos permitimos ser quem realmente somos, expressando o que a alma quer dizer? O texto de Rubia A. Dantés nos auxilia nesse importante reflexão. Boa leitura!

“Recentemente me encantei com a forma que uma criança, de mais ou menos seis meses, expressou-se ao ver uma pessoa que gostava. Mostrou alegria e contentamento com tanta espontaneidade que era visível o entusiasmo que estava sentido por ver aquela pessoa… e fazia tudo para demonstrar isso na forma que podia… mexendo os bracinhos… sorrindo… e dentro da sua linguagem, fazendo os sons que mostravam claramente sua alegria.

Pensei em quantos de nós, depois de adultos, ainda se manifesta espontaneamente sempre que a presença de alguém ou de alguma coisa nos toca sinceramente o coração.

Somos sujeitos a tantas regras de comportamento… tantas memórias de dor por termos exposto nosso sentimentos com verdade… que quase sempre, essa manifestação espontânea de apreço,de admiração, passa primeiro pelos muitos filtros e, no final, o que sobra pode ser só um cumprimento polido…

Todos querem nos colocar regras para que possamos nos inserir dentro da sociedade… dos grupos… das religiões… e, com isso, não cabemos mais em nós mesmos… Vamos nos encolhendo daqui… acrescentando ali… para nos adaptar as muitas exigências que fazem para nos incluir nisso… ou naquilo…

Parece que temos que aprender como nos comportar para sermos aceitos como membros dos muitos grupos que andam por aí… só que esse padrão leva em conta regras estabelecidas por outros… E podem podar a espontaneidade e a nossa expressão mais genuína.

Sempre julgamos o outro a partir do nosso limitadíssimo ponto de vista, cujo exemplo somos nós mesmos…. Se alguém faz coisas que fogem ao nosso altíssimo padrão de exigência de como as pessoas devem ser, já excluímos ou taxamos de inadequado.

Por que não observar o outro?… Assim como observamos uma criança… e mesmo que sua ação fuja aos nossos padrões de normalidade, tentar ver a beleza que existe nas diferenças.

Quanto mais aceitamos o outro, mais aceitamos a nós mesmos porque o outro sempre está também dentro de nós.

Que limites estamos julgando estar sendo ultrapassados? Quem colocou esses limites leva em conta o controle ou a fidelidade à Alma? Vamos seguindo cegamente… tantas coisas… sem nem questionar o que estamos seguindo e quem criou essas regras..

Elas são mesmo o que nos toca o coração ou estamos sendo seguidores cegos de pessoas e ideias que não levam em conta a espontaneidade de cada um… o expressar-se com a Alma.

Voltando à criança… como seria bom se ao invés de ensinar a elas o que é feio e o que é bonito, de acordo com as muitas regras duvidosas que aprendemos, tivéssemos o cuidado de não podar o que elas têm de mais puro… tivéssemos o cuidado de não colocar artificialidade e imitação, no lugar da espontaneidade e da alegria natural… de quem se expressa com a inocência… de quem ainda se lembra das estrelas…”

Aloha

Claudia Michepud Rizzo

*http://sabedoriauniversal.wordpress.com

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